É o consumo (sistemático) de merendas entre as refeições.
Diferentemente da boquinha, quando “cisca-se” distraidamente um alimento que aparece pela frente, o lanche constitui uma verdadeira mini-refeição. Essa tendência foi favorecida pela comercialização de múltiplos alimentos prontos, baratos e de gosto agradável.
Esse distúrbio espalhou-se mais entre os jovens. Atinge 90% das crianças em idade escolar (e é encorajado pelos pais, que fornecem as merendas). Ele é praticamente programado, já que os suprimentos costumam ser levados na mochila. Alimentos ingeridos assim fornecem cerca de 30% das necessidades energéticas diárias.
O consumo de merenda não é forçosamente negativo, quando ela constitui uma colação que permita fracionar os aportes diários: de fato, como veremos, tomar cinco refeições não tem influência negativa sobre o peso, se o aporte calórico diário total permanecer imutável.
Esportistas, mulheres grávidas e pessoas idosas podem beneficiar-se deles, porque tem necessidade de aportes mais fracionados.
O risco é ver esses alimentos serem dados a torto e a direito, num contexto de desorganização alimentar. A criança come pouco ou come mal no café da manhã? Pouco importa: ela leva pacotes de biscoitos para o recreio das 10h. Ela não gosta de sentar-se à mesa e comer direito? Nada de grave: ela tem barras de chocolate.
Esses produtos raramente são bem concebidos no que tange à dietética; mas a publicidade canta seus méritos e tende a fazer crer que eles são indispensáveis para a boa forma, que promovem a energia sal-vadora, enquanto são apenas uma fraca compensação da refeição, são malconcebidos e desequilibrados. Eles apenas tapeiam temporariamente a hipoglicemia induzida quando se pula uma refeição ou quando se come alimentos mal escolhidos, que não promovem a saciedade de longo prazo.
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